Cerca de 35,5% da população adulta do RS, SC e PR possui alguma conta em atraso e restrição no CPF
A região Sul do Brasil encerrou o ano de 2019 com 8,20 milhões de consumidores negativados, ou seja, com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas.
O número corresponde a 35,5% da população adulta do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, registrando uma queda de quase 1% na comparação com 2018, quando eram 8,29 milhões os inadimplentes nos três estados do sulistas.
No país, o último ano finalizou com 61 milhões de inadimplentes, com queda de 0,2 pontos percentuais em relação a 2018. A região Sul tem o menor percentual da população adulta com CPF negativado, ficando atrás da Norte, com 47,3%; Centro-Oeste, com 42,5%; Nordeste, com 40,2% e Sudeste, com 37,4%.
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS, enxerga nesses dados uma pequena melhora da conjuntura econômica do país, somada a algumas ações pontuais, como campanhas de renegociação de dívidas e a liberação dos recursos do FGTS à população.
A entidade projeta para os próximos meses a continuidade da queda da inadimplência, ainda que a passos lentos. A aceleração desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica e, em especial, daquilo que toca diretamente o bolso do consumidor: emprego e renda.
Somando todas as pendências, cada consumidor inadimplente no Brasil deve, em média, R$ 3.257,91. Já descontando os efeitos da inflação, os valores observados agora são 30% menores do que no início da série histórica, em 2010 (R$ 4.238,32). De modo geral, pouco mais da metade (52,8%) dos brasileiros inadimplentes têm dívidas em atraso de até R$ 1.000 e 47,2% acima desse valor.