A semana abre de forma negativa para a maioria das ações asiáticas, para os futuros dos EUA, bem como para os principais e recém abertos mercados europeus, com a alta dos preços ligados a energia reforçando as preocupações sobre a inflação, o que parece estar freando ou desacelerando o crescimento chinês, onde a economia desacelerou no terceiro trimestre, devido a uma queda no setor imobiliário e a própria crise de energia.
Os índices futuros dos EUA caíram depois que o S&P 500 registrou sua melhor semana desde julho, após um belo início em sua temporada de balanços.
Os rendimentos dos títulos na Nova Zelândia e na Austrália deram um salto depois que a inflação da Nova Zelândia acelerou para o ritmo mais rápido em 10 anos. Os rendimentos dos títulos de três anos da Austrália subiram até 20 pontos-base, o maior aumento desde janeiro.
Os preços do petróleo vão subindo, indicando um possível oitavo ganho semanal, com o petróleo Brent subindo acima de US $ 85 o barril, o valor mais alto desde 2014.
Os investidores continuam a se preocupar com a inflação em meio à crescente escassez de energia que está causando mais cortes na produção e aumentando os rendimentos dos títulos. Ao mesmo tempo, a recuperação econômica permanece irregular, enquanto os bancos centrais estão se aproximando de reduzir os estímulos.
O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, disse que a autoridade monetária “terá que agir” para conter as forças inflacionárias e alertou que os custos de energia mais elevados significam que as pressões sobre os preços permanecerão.
Na China, o presidente do Banco Popular da China, Yi Gang, disse que as autoridades podem conter os riscos impostos à economia e ao sistema financeiro chinês mesmo após a crise da dívida do China Evergrande Group.
Por aqui, o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), decidiu adiar a leitura do parecer. Inicialmente, a reunião estava marcada para esta terça-feira, 19, com votação no dia seguinte. Agora, a nova data será na quarta-feira, 20, e a votação, na próxima terça-feira, 26.
Um dos pontos que levaram ao adiamento, de acordo com a imprensa, é a decisão do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), de indiciar Bolsonaro por homicídio qualificado.
O jornal Estado de São Paulo apurou que o presidente teria reclamado com Aziz dessa intenção de Renan. Interlocutores de Bolsonaro afirmaram que homicídio é algo que todas as pessoas entendem o que é e, se isso for adiante, Bolsonaro ficará marcado como assassino, o que seria muito difícil de ser revertido na opinião pública.
O senador Aziz, no entanto, negou enfaticamente ao Estadão a existência de qualquer conversa com Bolsonaro sobre o relatório. Aziz disse que essa informação “vem de uma fonte mentirosa” e reforçou que ele não conversa com o governo sobre assuntos de interesse do Planalto. O senador também esclareceu que a decisão pelo adiamento foi tomada em conjunto entre ele e o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Já o Auxílio Brasil, programa de transferência de renda que deve substituir o Bolsa Família em novembro, deve beneficiar perto de 17 milhões de pessoas e ficar, na média, em R$ 300 ao mês, reafirmou na noite deste domingo o ministro da Cidadania, João Roma.
Em entrevista à TV Brasil, ele disse que o governo terá “zelo fiscal” na implementação da medida. Os dois números são maiores do que o programa atual, que atende 14,6 milhões de pessoas, com pagamento mensal de R$ 190 na média.
Por fim, mais uma vez, os caminhoneiros estão ameaçando paralisar o País. A categoria se diz em “estado de greve” desde o último sábado e, durante o fim de semana, líderes de entidades do setor fizeram críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Na segunda-feira, 18, as associações prometem entregar uma lista de reivindicações para o governo. Segundo as entidades, sinalizações positivas são necessárias para evitar paralisação nacional a partir de 1.º de novembro. O governo, porém, minimiza a mobilização.
Fonte: Morning Call XP