Dados conflitantes do NovoCaged e IBGE refletem a situação criada com o cerceamento das atividades econômicas no Estado neste ano
O dado apontado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid19), divulgada no último dia de outubro pelo IBGE, mostrando que o desemprego avançou no país e atingiu 13,5 milhões de pessoas na segunda semana de setembro, não é surpresa para a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS.
A crise econômica que o Brasil vive em 2020, em função da pandemia da Covid-19 traz reflexos diretos aos indicadores de emprego no país e no Rio Grande do Sul. Nosso estado, por exemplo, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (NovoCaged), apresenta no acumulado do ano, um saldo negativo de 88.582 demissões.
– Além disso, no período entre março e agosto deste ano o RS perdeu 10,13 empregos para cada 1.000 habitantes, o que se constituiu no pior resultado entre todas as unidades federativas, sendo um dado muito superior à média nacional que foi de 4,87 empregos perdidos por 1.000 habitantes – aponta o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
Mesmo que em julho e agosto o estado tenha apresentado uma tênue recuperação da empregabilidade, com mais admissões do que demissões nestes dois meses, o cenário para o mercado de trabalho nos próximos meses ainda deve fazer sentir os reflexos do grande período em que as empresas gaúchas se viram obrigadas a fechar suas portas, como equivocada política de combate à Covid-19.
– Temos indicadores que mostram contrapontos. O do NovoCaged diz que o emprego está em processo de recuperação e o do IBGE cita o aumento do desemprego. Como a situação que vivemos em 2020 é extremamente peculiar, nos parece precoce celebramos a recuperação da nossa economia. Tomara que ela venha rapidamente, pois isso representa a retomada do poder de consumo da população e, por consequência, um fôlego maior para as empresas gaúchas, tão prejudicadas neste imprevisível 2020 – avalia Vitor Augusto Koch.
A melhora desse quadro, na avaliação do presidente da FCDL-RS, passa pela manutenção da reabertura econômica no Rio Grande do Sul, sem que volte a ocorrer o cerceamento das atividades.