Retomada do emprego no comércio gaúcho passa pela plena atividade do setor

15 de outubro de 2020
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Presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, avalia que a extinção de quase 90 mil postos de trabalho no estado reflete as restrições impostas à atividade econômica entre março e setembro

 

Os indicadores apresentados, na quinta-feira (15/10), no Boletim de Trabalho do Departamento de Economia e Estatística (DEE), da Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), reforçam a preocupação da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS com a situação da economia gaúcha.

 

Como a entidade representativa do varejo gaúcho alertou ao longo dos últimos meses, uma das consequências das duras restrições à atividade econômica estadual como política de combate a pandemia da Covid-19 seria a redução de um número significativo de postos de trabalho. E, efetivamente, isso aconteceu, pois os dados do Boletim demonstram que o Rio Grande do Sul registrou redução de 88,6 mil empregos formais no período de janeiro a agosto deste ano.

 

– Já tínhamos conhecimento de que o RS, no período entre março e agosto de 2020, tinha perdido 10,13 empregos para cada 1.000 habitantes, o que se constituiu no pior resultado entre todas as unidades federativas, sendo um dado muito superior à média nacional que foi de 4,87 empregos perdidos por 1.000 habitantes. Como prevíamos, o comércio registrou, infelizmente, segundo o DEE, as perdas mais significativas no emprego formal. Só no comércio varejista, houve a extinção de 27 mil postos de trabalho. Desde março, quando se impuseram as restrições, a Federação buscou a liberação da atividade comercial, observando os protocolos estabelecidos pelas autoridades para o seu funcionamento, justamente para evitar esse impacto gravíssimo na vida de milhares de gaúchos. Ficar desempregado no atual cenário que vivemos é desolador – enfatiza o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

 

A expectativa do presidente da FCDL-RS para os próximos meses é que uma reação dos indicadores de emprego seja sentida de forma mais intensa a partir de outubro, isso se a flexibilização das atividades econômicas tiver continuidade e for ampliada.

 

– O grande período em que a maioria das empresas gaúchas esteve com as portas fechadas ainda deve apresentar reflexos por algum tempo. Esses trabalhadores que foram demitidos talvez demorem para conseguir uma recolocação, especialmente no que se refere ao comércio. Para que isso evolua de forma mais rápida, é necessário que as lojas possam ampliar seus horários de atendimento, o que ainda não acontece em praticamente todo o RS. É preciso que a demanda leve os lojistas a buscarem o incremento de seu quadro funcional. Queremos, muito, ter essas condições concretizadas para que o crescimento dos indicadores de emprego volte a ser uma boa realidade – avalia Vitor Augusto Koch.

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