FCDL-RS pede que Governo do Estado busque maneiras de viabilizar a retomada das atividades dos lojistas gaúchos
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS pede ao governador Eduardo Leite que sejam encontradas maneiras do comércio considerado não essencial pelo governo estadual poder exercer sua atividade nos próximos dias, uma vez que a Bandeira Preta seguirá vigorando no RS.
O presidente da fCDL-RS, Vitor Augusto Koch, ressalta que o momento que o estado vive é complicado não apenas na área da saúde, mas, também, na questão social. Segundo ele, muitas empresas estão chegando ao seu limite financeiro, podendo fechar definitivamente em pouco tempo.
– Além do agravamento das dificuldades na saúde, temos observado um crescimento assustador da miséria social em praticamente todo o Rio Grande do Sul. São milhares de pessoas que ficaram desempregadas, perderam o seu ganha pão, consumiram suas economias e, hoje, estão nas ruas mendigando alguns trocados ou comida. São cenas que vemos, diariamente, em vários pontos de muitas cidades gaúchas – afirma Vitor Augusto Koch.
Ao longo dos últimos dias, o presidente da FCDL-RS recebeu inúmeros contatos de lojistas extremamente preocupados com o fato de não poderem trabalhar. Para Vitor Augusto Koch, não há como distinguir o que é essencial e não essencial quando se fala em setor produtivo, uma vez que milhares de empresários dependem exclusivamente do pleno funcionamento de seu estabelecimento não apenas para gerar emprego e renda, mas, também, para a própria sobrevivência.
– Se não houver de parte do governo estadual algum tipo de flexibilização para a atividade comercial nos próximos dias em que a Bandeira Preta vigorar, é praticamente certo que muitas empresas varejistas irão se somar as 9 mil lojas que deixaram de existir no RS em 2020. E muitos outros postos de trabalho, além dos 13 mil já extintos no último ano no setor, também vão desaparecer – enfatiza Vitor Augusto Koch.
O comércio, segundo o presidente da FCDL-RS, não é o polo que dissemina a Covid-19. Os comerciantes gaúchos investiram pesado, ao longo do último ano, para atender, com rigidez, os protocolos de saúde, como o uso de máscara, a disponibilização de álcool em gel e o distanciamento físico nas lojas.
– Entendemos que o que deve ser coibido são as aglomerações que desrespeitam os decretos governamentais. É preciso, também, educar a população para que sigam os cuidados básicos à risca. O transporte coletivo deveria ter toda sua frota disponibilizada para transportar os trabalhadores de todos os setores produtivos. Vimos, nos últimos meses, as pessoas indo para o seu trabalho em coletivos lotados e isso, não é culpa de quem quer e precisa trabalhar. Precisamos de ações mais efetivas neste sentido – aponta Vitor Augusto Koch.
Mesmo a tele-entrega e o teleaatendimento disponibilizados pelo governo gaúcho representam um paliativo que não ameniza os graves prejuízos que os lojistas sofrem há exatamente um ano com o fecha-abre-abre-fecha. O presidente da FCDL-RS lembra que a maioria dos lojistas estabelecidos nas cidades do interior do Estado dependem quase que exclusivamente do atendimento presencial para sobreviver, não tendo aderido ao e-commerce ou a formas de entrega na casa dos consumidores.