O retorno do feriado começa com o fechamento negativo da maioria das ações asiáticas e dos futuros em Nova York em meio a um alerta sobre a perspectiva de crescimento da China, além da preparação dos investidores para a decisão de política do Federal Reserve que ocorre nesta quarta-feira.
As ações caíram em Hong Kong e na China, após o alerta do premiê Li Keqiang de que a segunda maior economia do mundo está novamente preocupada contra o novo surto de coronavírus, com potencial de levar o país de volta às restrições de mobilidade impostas em Wuhan no início de 2020.
Já o Dow Jones, S&P 500, Nasdaq 100 e os recém abertos mercados europeus, operam em leves baixas após novas máximas em Wall Street, impulsionada pela resiliência dos lucros da temporada de balanços contra aos custos crescentes e faltas importantes de produtos que integram a da cadeia de suprimentos e que estão causando interrupções de trabalho em algumas empresas do país.
Espera-se que o Fed anuncie hoje uma redução de suas maçiças compras de títulos, mas os economistas estão divididos sobre se o aumento da taxa será no próximo ano ou no início de 2023.
Entre as commodities, o petróleo recuou, com o presidente Joe Biden culpando a OPEP + por alimentar a inflação antes de sua reunião de quinta-feira que deve definir a nova política de produção.
Por aqui, mais de cem países assinaram um compromisso global que prevê reduzir as emissões de metano em 30% até 2030, ante os níveis do ano passado. O pacto teve a adesão do Brasil, um dos cinco principais emissores de metano do planeta, após forte pressão dos Estados Unidos para a entrada no grupo. O anúncio foi feito em Glasgow nesta terça-feira, 2, na Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-26). Mas, três dos maiores emissores de metano – China, Rússia e Índia – ficaram fora da lista.
Embora desapareça mais rápido da atmosfera do que o gás carbônico, o metano tem um potencial de aquecimento cerca de 80 vezes maior. Por isso, reduzir a liberação desse poluente é considerada uma estratégia para acelerar o combate às mudanças climáticas. Depois do gás carbônico, o metano é o segundo maior poluente do planeta.
“Juntos, estamos nos comprometendo coletivamente a reduzir o metano em 30%. E penso que podemos ir além”, disse o presidente americano, Joe Biden. Após quatro anos em que a Casa Branca esteve ocupada por Donald Trump, o sucessor tem feito esforços para o país recuperar protagonismo na luta contra a crise climática.
Fonte: Morning Call XP