Há um ano que o Brasil decidiu, nas urnas, mudar radicalmente sua linha de governo federal e da maioria dos estados. Popularmente se diz que o país mudou da esquerda para a direita.
Entretanto estes chavões não parecem mais adequados à realidade do século XXI. O fato é que nas eleições presidenciais recentes, o final do pleito marcou também o fim do acirramento de ânimos.
Claro que na última, vivemos uma exceção à regra.Conta para isto o fato do presidente Jair Messias Bolsonaro não ter na sua bagagem uma das forças políticas tradicionais do Brasil.
Este é um dos recados mais fortes do eleitorado nacional: chega das forças políticas tradicionais, que acabaram levando o país à bancarrota!
Os posicionamentos à atual gestão, há de se reconhecer, são de cunho folclórico e de birra ideológica do que alguma crítica mais consistente de como se poderia melhorar a gestão pública.
O governo federal está fazendo o que todos países que conquistaram níveis mais elevados de desenvolvimento econômico e social fizeram: controlar gastos públicos; liberalizar e desengessar a economia.
Entretanto, parecer ser recorrente não só no Brasil, porém em toda a América Latina, a mistura da política pública com fortes doses de drama, apropriadas para a literatura, sem propósito para a vida real.
Se nosso país e a Argentina tiveram eleições com dramaticidade, sem colocar em cheque as instituições de sustentação da democracia, o mesmo não acontece na Bolívia, Equador, Peru, Venezuela, Chile e outros países do Continente.
Seja a chamada “esquerda” tentando tirar a chamada “direita” do poder; ou a chamada “direita” tentando tirar a chamada “esquerda”, o resultado destes movimentos é: aumento da miséria humana; material e moral.
Diante disto, façamos o maior esforço possível para que o Brasil não seja realmente contaminado pelos movimentos oportunistas de inimigos da paz. Perdemos muito tempo dando bola para ideias bonitas, no entanto, verdadeiramente estéreis.
Melhor é concentrar esforços em recuperar o tempo perdido no que se refere a progresso econômico e social. E que a América Latina, após ultrapassar meio milênio de história, cresça em riqueza e mentalidade.