Empreendimentos de micro e pequeno porte precisam de apoio para seguir gerando emprego e renda, avalia o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch
No próximo dia 5 de outubro será celebrado mais um Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa. A data homenageia quem faz acontecer, pois estes empreendimentos são a base da economia brasileira, representando 98% do universo empresarial do país e respondendo por 27% de tudo o que é produzido. Além disso, respondem por 52% dos empregos gerados no Brasil e 40% da massa salarial.
Nos últimos meses, as MPEs têm enfrentado obstáculos gigantescos em função das medidas restritivas adotadas no combate à pandemia da Covid-19. E isso se refletiu, infelizmente, no aumento do número de pequenos negócios que fecharam definitivamente no Rio Grande do Sul, conforme apontou a 15ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, realizada pelo Sebrae RS. Pelos dados reunidos entre 16 de agosto e 3 de setembro, uma em cada quatro empresas de micro ou pequeno porte gaúcha encerrou suas atividades, algo em torno de 675 mil empreendimentos de um total de 2,7 milhões até então existentes.
Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, este dado é muito preocupante, na medida em que afeta os empreendedores, seus colaboradores e familiares, podendo comprometer a renda de quase 600 mil pessoas no estado.
– Muitas pessoas desconhecem a importância das micro e pequenas empresas para viabilizar a recuperação econômica e social do Rio Grande do Sul e do Brasil. Sempre é bom lembrarmos que os pequenos negócios fazem parte do cotidiano de todos os brasileiros. As lojas de calçados e vestuário, a padaria da esquina, o mercadinho, a borracharia, a lanchonete e uma infinidade de outros produtos e serviços são fundamentais para a reversão do atual cenário de retração econômica que vivemos – enfatiza Vitor Augusto Koch.
As micro e pequenas empresas do comércio sofreram perdas significativas com as restrições de suas atividades e precisam receber o apoio não apenas dos poderes constituídos, mas, também, das comunidades onde estão inseridas.
– Neste segundo semestre, por exemplo, temos datas importantes para o varejo, como o Dia das Crianças, a Black Friday e o Natal. Então, se quem for comprar produtos nestas datas o fizer no comércio de sua cidade, em especial nas lojas de micro e pequeno porte, estará contribuindo muito para dar-lhes um novo fôlego. Valorizar o comércio local significa promover o desenvolvimento social, já que o consumidor ajuda no fortalecimento dos pequenos negócios e, consequentemente, há estímulo para a empresa inovar, melhorar seu desempenho, diversificar a oferta de produtos e aperfeiçoar o atendimento – avalia Vitor Augusto Koch.
Além disso, o dirigente, que já presidiu o Conselho Deliberativo do Sebrae/RS entre 2011 e 2014, ressalta a necessidade de criar condições para que as micro e pequenas empresas possam ampliar a interatividade com os clientes.
– A pandemia mostrou que as MPEs precisam ser auxiliadas a avançar em cenários de criação de lojas digitais, de marketplaces e de divulgação de seus produtos e serviços nas redes sociais, para que possam continuar a faturar, sobreviver e manter empregos – conclui Vitor Augusto Koch.