Palavra do Presidente
Minuano tironeando a venta dos tauros! Peleando em favor da pampa!
A tradição da gestão aplicada é ser combativa em favor dos lojistas gaúchos; e fazer isto sem usar da capacidade de multiplicação do vírus SARS-CoV-2 ou utilizar pronunciamentos que causem enfrentamentos de consequências irreconciliáveis.
Somente com a negociação é que chegamos a acordos consistentes. Porém, existem situações nas quais apenas tentar dialogar na busca do bom senso não gera resultados. Para frustração daqueles que querem uma melhor qualidade de vida, estamos em um destes momentos.
O clima de rivalidade política herdado do último pleito presidencial, somado com a aproximação de novas eleições, transformou a tão falada pandemia em um palco de argumentos e imposições de comportamentos, onde a preservação da vida humana ficou em posição secundária, sendo ultrapassada pela busca por correligionários em torno do que chamaremos de “baixa ideologia”.
Em um ambiente destes, tristemente, a única forma de se fazer ouvir e respeitar é através de um posicionamento mais acentuado, acima do costumeiro. Foi isto que fizemos e continuaremos fazendo enquanto necessário. Nossa missão prioritária é promover e proteger os lojistas gaúchos nos bons e maus momentos.
Esclarecemos que a nossa insistência por manter o comércio indiscriminadamente aberto – com restrições de distanciamento e segurança sanitária – vai muito além do imediatismo. Em artigo anterior afirmamos que a queda do emprego no Rio Grande do Sul entre março e abril já ceifou o trabalho de 87.236 gaúchos.
Ao mesmo tempo, é visível a proliferação de pessoas nas esquinas mais movimentadas de nossas cidades erguendo um cartaz dizendo: “Estou com Fome. Me ajude”. E os dados que nos chegam sobre maio não são alentadores. A queda da arrecadação dos impostos federais foi de 32,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.
No caso de nosso Estado, a redução ficou em 38,6%. Este percentual, a grosso modo, se reflete proporcionalmente na produção econômica e nos dimensiona o tamanho do caos já consolidado. Foram R$ 38,95 bilhões que o fisco nacional deixou de arrecadar, se considerássemos uma economia sem crescimento – o que certamente não estaria acontecendo se seguíssemos o bom impulso de expansão que predominava no último trimestre de 2019.
Em cálculo de bodegueiro: com apenas 10% deste valor (R$ 3,9 bilhões) poderiam ser adquiridas e instaladas cerca de 27,5 mil novas UTIs no país, o que representaria um aumento de cerca de 60% (segundo a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, nosso país tem 45.848 leitos de UTI) da disponibilidade destas unidades de hospitalização.
Isto, provavelmente, solucionaria grande parte dos problemas de infraestrutura médica que acabaram “inspirando” as medidas mais rígidas de isolamento social. Então, a riqueza que deixou de ser gerada barrou a oportunidade de resolvermos o problema de forma lógica, inteligente e proveitosa para todos.
O adiamento do retorno das atividades econômicas – com o controle de aglomerações, é claro – só agravará mais a situação. E isto não é bom para ninguém.
Nosso grito de liberdade na imprensa e nas redes sociais clama pelo bom senso dos gestores públicos, cuja maioria, atualmente está perdida em complicadas engenharias de controle social, a nosso ver, estéreis se o objetivo for evitar danos maiores por conta da pandemia.
Tenhamos fé na direção de que as paixões por argumentos sejam finalmente superadas pela inteligência de planejamento e decisões. Com vidas não se brinca! Especialmente na política!
Pelo brado terrunho do punho farrapo.
Pelo Livre Comércio Formal,
Pela Vida em todos seus conceitos,
Deus é Maior
Vitor Augusto Koch
Presidente da FCDL-RS