Presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, participou da 11º reunião virtual do movimento e elogia a ação que busca viabilizar a recuperação do Rio Grande do Sul
O futuro das micro e pequenas empresas e os desafios e oportunidades pós-pandemia no Rio Grande do Sul foram os principais assuntos da 11ª reunião virtual do Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico, realizada na tarde desta segunda-feira (08/06). Os temas foram abordados pelo superintendente do Sebrae/RS, André Vanoni de Godoy, que relatou o atual estágio das MPEs gaúchas e pelo presidente do Transforma RS, Daniel Randon, que apresentou o trabalho “Desafios e Oportunidades Pós-Pandemia no RS”. A reunião foi coordenada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ernani Polo (PP).
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, participou do encontro virtual que reuniu deputados estaduais e lideranças empresariais gaúchas. Para o dirigente, a iniciativa é fundamental, na medida em que é preciso pensar a recuperação do Rio Grande do Sul pós-pandemia.
– É uma ação efetiva que está sendo realizada pela ALRS em favor da reconstrução econômica e social do Rio Grande do Sul. Precisamos estar unidos nessa árdua missão de fazer o nosso Estado voltar a ter uma economia forte, ao mesmo tempo em que precisamos estar atentos para preservar as vidas de todos. E nada melhor do que esse fórum extremamente qualificado para trocarmos ideias e adquirir conhecimentos – salienta Vitor Augusto Koch.
O superintendente do Sebrae/RS, André Vanoni de Godoy falou sobre a pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise realizada pela entidade, que aponta a retomada das atividades, ainda que aos poucos, de parte das MPEs.
Dados apresentados pelo Sebrae/RS apontam que, atualmente, 30% das micro e pequenas empresas ouvidas no estudo estão fechadas temporariamente, uma queda de 22 pontos percentuais em relação ao levantamento realizado na primeira semana de abril, quando 52% das MPEs haviam fechado de maneira temporária.
– O resultado acontece por uma série de fatores, sendo o principal deles os regimes de flexibilização de abertura dos estabelecimentos, ditados pelos decretos municipais em consonância com o decreto estadual de distanciamento controlado. A melhora do índice, reflete, também, a necessidade que os empreendedores têm de retomar o faturamento de seus negócios, haja vista que o longo período em que permaneceram inoperantes exauriu os recursos que dispunham para a sua manutenção, mesmo fechados – ressaltou André Vanoni de Godoy.
O levantamento também mostrou que 59% dos empreendedores ainda tem o capital de giro como a principal carência neste momento. Esta necessidade chegou a ser a principal dor de 64% dos empreendedores ao longo da pesquisa, evolução que igualmente sinaliza uma pequena melhora de cenário.
Cenário pós-pandemia
O presidente do Transforma RS, Daniel Randon, falou sobre o cenário pós-crise da Covid-19 no Rio Grande do Sul. As principais ideias sugerem novas realidades surgindo, modificando posicionamento dos setores e consumidos e estratégias de Estado diante desse novo cenário.
Para Randon, o maior desafio do Rio Grande do Sul será a recuperação dentro de uma nova realidade situada dentro de um cenário de grande incerteza. O dirigente entende que o Estado precisa realizar reformas estruturantes que induzam o surgimento de uma nova economia mais competitiva, inovadora e que gere oportunidades de negócios.
– Sem dúvida, temos que ter um trabalho focado em pontos positivos, valorizando principalmente o incentivo ao consumo da produção nacional e local – avaliou Randon.
No estudo que apresentou, Randon destacou que as lideranças empresariais gaúchas estão se mobilizando para retomar o desenvolvimento, com redes de colaboração e de orientação aos empresários, com consciência social.
O presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo, também destacou a competitividade, que é a principal bandeira de sua gestão à frente do Parlamento ao longo deste ano.
– Neste cenário pós-pandemia, a competitividade será determinante para a retomada dos setores produtivos. Há a urgente necessidade de ações, especialmente a simplificação das exigências dos bancos para concederem crédito – avaliou o parlamentar.
Ernani Polo antecipou que, no próximo encontro, marcado para 22 de junho, o secretário estadual de Governança e Gestão Estratégica e de Planejamento, Orçamento e Gestão, Claudio Gastal, apresentará ações para os setores produtivos, começando pelo coureiro-calçadista.
O objetivo do Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico é focar as ações em três etapas. A primeira é fazer um levantamento dos setores estratégicos para a produção de alimentos e que dão suporte a ela. Depois, identificar alternativas de funcionamento para os setores estratégicos, sem afetar a saúde dos trabalhadores.
Por fim, definida a alternativa mais adequada, desenvolver um plano e processos de implantação. Reunindo entidades de diversos segmentos, o movimento também pretende buscar apoio emergencial de bancos e governos a trabalhadores que já estão enfrentando dificuldades, especialmente os autônomos, e empreendedores que foram obrigados a interromper suas atividades.
CRÉDITO DA FOTO: JOEL VARGAS – AGÊNCIA ALRS